segunda-feira, março 16, 2009

Já que Maomé não vai a montanha...


...a gente amarra o cara e lança ele de catapulta!




Sempre quis uma action figure do Calvin e do Haroldo (vício transmitido geneticamente - eu juro), mas o criador, Bill Watterson, sempre foi contra merchandising - ou seja, só as tiras, as coletâneas e olhe lá. Chegou até a brigar com a sua editora por causa disso. Cara de princípios. Infelizmente. Coisa rara nos dias de hoje. Infelizmente...

Mas aí vem o ócio, a procura por novidades, um site legal chamado Cubeecraft com uma idéia genial e, depois de horas de dedicação, deu nisso aí. Sonho (quase) realizado!

Até agora, é só um mock-up. Vou ver se faço algumas modificações antes de desenvolver a versão final, colorida e tudo mais. E depois, vou ver se faço o Haroldo também.

Enquanto esse dia não chega, divirtam-se com o episódio que deu origem à série: o site Cubeecraft. E no DeviantArt (visitem a minha página aqui) tem muito mais. Só digitar cubbecraft lá no search.

Inté.

UPDATE #1:



Tá indo, tá indo...

Enquanto isso, voltem lá no LulaLOL. Esse site tinha que ganhar um prêmio!

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Compensações divinas digitais


Pergunta: Como era ser um viciado em música há uns 10 anos atrás?
Resposta: Um tormento.

Pergunta: Como é ser um viciado em música no ano de 2009?
Resposta: O paraíso.

Eu era viciado em duas músicas do Pearl Jam nos idos de mil novecentos e já não sei mais: Leavin' Here e State Of Love And Trust.

O bom era que elas tocavam direto na Radio Cidade. O ruim é que, se eu quisesse ouvi-las um milhão de vezes até meus ouvidos sangrarem, das duas uma: ou eu teria que gravá-las numa fita K-7 (um saco e uma arte ao mesmo tempo) ou comprar o CD (importado, já que essas músicas só apareciam em compilações que não eram lançadas aqui em Pindorama).

Resumo da ópera: a parada era ter paciência, uma fita K-7 virgem e um dedo rápido no gatilho (na verdade, no controle remoto do som) OU se arrumar, pegar um ônibus, descer em Icaraí, encomendar o tal CD na Firerock - êeeta tempo bom - e esperar meses até que ele viesse. Ou não viesse. Não havia outra saída.

Aí chegamos ao ano de 2009: o site chamado Did It Leak? me diz se o aquele CD que eu tô doido pra ouvir já "vazou" pra internet, o Torrentz me confirma a informação e, minutos depois, estou ouvindo o álbum novo do U2, "No Line On The Horizon", que só vai ser lançado dia 3 de março.

Como sempre pergunta meu tio: "O que é que tu queres mais?"

Aí embaixo vai o link. Divirtam-se.

U2 - No Line On The Horizon (Torrent)

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Êeeeeeta nóis! :-)


Tô até soluçando de tanto rir.
Mais um link vindo do MDM.

Apresento à vocês, LulaLOL.
Vaí aí uma prévia do que vocês vão encontrar lá:







sexta-feira, fevereiro 06, 2009

E já é fevereiro!


Antes que, daqui a pouco, eu olhe pro lado e veja a multidão vestida de branco indo ver os fogos na praia novamente, volto às atividades textuais e audiovisuais do meu querido, estimado, ignonorado (alguém aí, alguém?) e vazio blog.

Dica preciosa da Srta. Clarice essa semana, um videoclip, no mínimo, impressionante de um artista chamado Oren Lavie. O nome da música é Her Morning Elegance e é só isso que eu tenho pra dizer. Dá o play aí e até a próxima.

Oren Lavie - Her Mornign Elegance

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Ho, Ho, Ho, Ho...


Já é Natal na Leader Magazine (e em tudo quanto é canto) e, dentro do tal espírito (às vezes, parece até um encosto - só olhar pras crianças fazendo pirraça no shopping e você vai entender), um presente pros meus 3 leitores (deve ser até menos...).

Há anos eu penso na idéia de fazer um wallpaper legal do Calvin e suas caretas. Tinha um arquivo aqui faz tempo, bem básico, com fundo preto. Nunca tive saco nem recursos nem uma idéia legal. Mas esse tempo passou, arregacei as mangas e fui aos cliques. Vocês podem ver também como eu tô usando ele na minha página chumbreca do Deviant Art.

Espero que gostem. Um abraço e Feliz Natal pra todos.

Widescreen



"Normal"

terça-feira, dezembro 09, 2008

Ler é a maior diversão


Fugindo um pouco das palhaçadas constantes nos posts e do modelo multimidiático, trago pros meus 3 leitores [ :-( ] dois textos muito bons da última revista Trip que eu li, a de setembro de 2008 (não, não estou atrasado nas minhas leituras, só leio fora de ordem...). Pra quem vem aqui poder refletir um pouco sobre a vida, o Universo e tudo mais (e um viva merecido à Douglas Adams).


PARTIR ROMPER VOAR
por Francisco Bosco*

Há uma célebre cena em que Indiana Jones depara com um espadachim virtuoso, que brande com exímia destreza sua espada, procurando intimidar o adversário com sua demonstração de perícia. Diante de tal impressionante performance, Indiana faz a única coisa que lhe cabe: saca de um revólver e dá um tiro no espadachim, liquidando o problema.

Quase 2.500 anos antes, reza a lenda que o conquistador macedônio Alexandre, o Grande, chegava à Frígia, atraído por um problema que intrigava a Antigüidade. Um rei, de nome Górdio, deixara uma carroça amarrada no templo de Zeus com um nó impossível de desatar. Um oráculo havia profetizado que quem conseguisse deslindar o nó conquistaria o mundo. Muitos outros reis e guerreiros haviam tentado, mas todos fracassaram. Em sua vez, Alexandre postou-se diante do nó, olhou, examinou, pensou – e com um golpe de espada partiu-o ao meio.

Pois bem, o que têm em comum Indiana Jones e Alexandre, o Grande? Eles têm em comum a capacidade de realizar um ato. Um ato não é uma ação qualquer. Um ato é uma ação transformadora, que intervém na realidade, reconfigurando-a. O que as duas cenas acima revelam é que a realização de um ato implica uma mudança de paradigma. Um paradigma é um modelo, um padrão que determina um estado das coisas. No caso de Indiana, colocou-se para ele o paradigma do espadachim, isto é, do homem virtuoso em armas brancas; se fosse lutar com ele dentro desse paradigma, fatalmente perderia. Então ele saca o revólver e mata tanto o paradigma quanto seu adversário. A mesma situação impossível se coloca diante de Alexandre, cuja espada corta o paradigma do nó – que é o paradigma do pensamento, das especulações lógicas, da reflexão – e instaura, por esse ato, o paradigma da ação.

Muitas vezes em nossas vidas nos debatemos com situa¬ções impossíveis, enredamo-nos em nossas próprias teias, e nos exaurimos tentando nos desvencilhar, sem sucesso. Compreender essas situações pode ser um passo importante, mas não basta, e às vezes é tanto um remédio quanto um veneno: o saber pode nos afastar do ato (sendo essa a tendência do sujeito neurótico). Em casos assim, só o ato liberta. E um ato é geralmente algo difícil de realizar. Costuma exigir uma alta concentração de força, um acolhimento da angústia, um retesamento das energias negativas que preparam o salto do ato. Não havendo esse processo, dá-se um ato em falso. Uma ação que não se sustenta, que não modifica a ordem das coisas e a situação, nela, do sujeito. Mas o verdadeiro ato é libertador, abre um rasgo nas coisas, faz surgir um céu e um caminho. E um ato requer uma mudança de paradigma para que possa sustentar-se: o nó górdio nunca mais intimidará Alexandre, pois este instaurou o paradigma da espada, da ação. De um grande e amaldiçoado labirinto, a única maneira de sair é: voando.

*Francisco Bosco é escritor, ensaísta e letrista, autor de Banalogias e Da amizade, entre outros. Sua coluna para a Trip, que estréia neste mês, não terá lugar fixo: a cada edição, seu texto irá acompanhar uma reportagem da sua escolha, com tema afim. Seu e-mail é franciscobosco@terra.com.br

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É PERMITIDO PROIBIR-SE
Diante do canto da sereia da fartura, prender-se ao mastro de uma autoproibição - como trancar o celular na gaveta ou bloquear os e-mails - pode ser libertador
por Carlos Nader*

”É proibido proibir”, dizia o mote de maio de 68, sintetizando o vento libertário que começou a soprar naquela época. Fazia todo sentido, num mundo que ainda não tinha se livrado de ditaduras ambidestras e de moralidades sem nenhum jogo de cintura.

Fazia. Hoje, “é proibido proibir” pode servir melhor como lema de trafi cantes ou corruptores. Foram os próprios ventos da liberdade conquistada que, com os anos, arrancaram uma a uma as capas heróicas da frase estudantil para deixar nu todo seu simplismo. Liberdade é uma idéia livre e, por isso, bem mais complexa.

Até “prisão” pode significar “liberdade”. Sabemos disso desde pelo menos a Grécia antiga, graças à visão luminosa que o poeta cego Homero nos dá em sua Odisséia. Nela, sabemos, Ulisses se faz prender no mastro do próprio barco para resistir às sereias, cujo canto hipnótico, este sim, o prenderia para sempre. Aprendemos assim que a decisão autônoma de se privar da própria liberdade pode garantir, muitas vezes, uma liberdade mais plena.

O gesto libertário de Ulisses é resultado do conselho de uma feiticeira, Circe, mulher sabedora de que as leis da vida têm meandros que escapam ao raciocínio dos retos (e por “retos”, caro leitor, não me refi ro aqui à parte fi nal dos intestinos, que sei terem uma familiaridade com os meandros da vida muito maior que a dos líderes estudantis).

Muitas ondas mediterrâneas mais tarde, outro poeta, Waly Salomão, ou como ele mesmo quis, Sailormoon, o homem mais livre que eu conheci, me deu uma visão ainda mais radical da idéia de prisão enquanto libertação. Sem o menor traço de melancolia, ele contou que escreveu seus primeiros poemas numa cela do Carandiru. Waly me disse ainda que sem o confi namento espacial e temporal dos dias de cadeia talvez ele não tivesse escrito um só poema. A restrição dos movimentos liberou as forças poéticas. Aconteceu assim. É claro que ninguém aqui está defendendo que saiamos prendendo uns aos outros para nos libertar. Paradoxo por paradoxo, prefi ro aquele do Estado de Direito que diz que a liberdade de uma pessoa, se não for limitada pela própria pessoa, só pode ser limitada em nome da liberdade das outras pessoas.

Mas ainda encontra muito eco por aí a idéia de que todo e qualquer questionamento das liberdades conquistadas desde a segunda metade do século 20 seja uma espécie de blasfêmia moderna. A sacralização dessas liberdades, ainda que geralmente ungida por setores bem-intencionados, como a imprensa ou os liberais econômicos, pode acabar servindo aos interesses de quem justamente quer ver menos liberdade no mundo. Entre eles, todos os que têm interesse, por exemplo, em que um escândalo de jornal apague rapidamente o outro ou que centenas de novos produtos sejam lançados só para tornarem démodés os anteriores.

PROTÓGENES DE SI MESMO
Sei que a questão aqui acaba se tornando complexa demais para uma solitária página de revista. Ainda que não possa estar sujeita a cânones “imexíveis”, a demarcação da liberdade dos outros tem que necessariamente passar por uma discussão bem mais ampla e demorada. Caso a caso.

Já no que diz respeito à privação das próprias liberdades, o processo pode ser muito mais simples. Numa época que está se defi nindo por um laissez-faire pra lá de insustentável, por um excesso de produção e consumo tanto de mercadorias quanto de informações, é muitas vezes necessário decidir amarrar-se a mastros. É preciso ser bem mais cego que Homero, ou mais burro que o Homer, para não ver que há algo de muito atual no gesto de Ulisses e, grego por grego, entender que é libertador permitir-se ser às vezes um delegado Protógenes de si mesmo.

A fartura sedutora que hoje é oferecida ao cidadão urbano tem se transformado num canto de sereia escravizante. Autodetenções podem vir a ser muito libertárias. Em pequenas coisas. Sei lá. Trancando o celular na gaveta durante todas as manhãs. Bloqueando a caixa de e-mails no fi m de semana. Exilando-se da TV por um mês. Detendo-se todo dia diante de uma compra compulsiva. Fechando a boca periodicamente, seja para comer menos, seja para ouvir mais. Coisas simples assim. Que mudam tudo. A escolha depende de cada um. Cada macaco no seu mastro. Disciplina é liberdade. É permitido proibir-se.

*Carlos Nader, 43, homem de mídia, teve aulas de liberdade com Waly Salomão

quarta-feira, novembro 19, 2008

Como já dizia aquele comercial da Adidas...


"Impossible Is Nothing"!


2008 é o ano que deve entrar pra História como aquele que reuniu os acontecimentos mais improváveis. Um negão com sobrenome Hussein foi eleito Presidente dos Estados Unidos. Um outro criolo, um pouco mais clarinho, foi campeão de Fórmula 1, na última curva, com 1 ponto de diferença pro brasileiro que ficou em segundo lugar.

E, agora, pra alegria de todos os fãs do bom e velho rock n' roll, Chinese Democracy, o álbum do Guns N' Roses que começou a ser feito há 14 anos atrás, finalmente vê a luz do dia.

Se é bom? "Minha filha ouviu e disse que é muito bom!"

Já ouço algumas músicas desde 2006 ("Better", principalmente) e passei a ouvir mais ainda desde o infame vazamento de julho desse ano. E esse torrent aí embaixo é mais um vazamento, porque a data oficial de estréia do CD é domingo, dia 23. Tá igual à um saco de leite namorando um porco-espinho esse disco...

Prefiro pensar que não foi vazamento nenhum, e sim alguém fazendo bom uso da sua máquina do tempo, sendo generoso e aliviando a ansiedade de milhões de pessoas mundo afora.

Quer ser mais uma delas? Então, clica, fio!


Guns N' Roses - Chinese Democracy